No mundo inteiro, a indústria automobilística tem aumentado os investimentos em veículos elétricos. É um movimento impulsionado fundamentalmente por leis de proteção ambiental. Pela necessidade da busca de uma energia limpa, do abandono dos combustíveis fósseis.
No Brasil, esses veículos ainda são para pouquíssimas pessoas. Os preços ainda são proibitivos. Mas, ainda assim, as vendas aumentaram muito.
Que motorista não gostaria de ter um alívio no bolso na hora de abastecer o carro? Uma alternativa poderia ser trocar a gasolina, o álcool ou o diesel, que estão com o preço nas alturas, por uma tomada. Mas o carro elétrico ainda é um sonho distante para maioria das pessoas.
“Sem chance de comprar carro elétrico, sem chance. Só se ganhar na loteria”, diz o pintor José Maria Neto.
O Brasil ainda não produz carros elétricos. Os veículos que chegam ao mercado são importados.
Carros elétricos são uma boa opção para você?
“Assim como todo veículo importado, tem uma carga tributária muito robusta. Então isso faz com que nossos veículos elétricos sejam caros”, explica Helder Almeida, coordenador dos cursos de engenharia do IBMEC-BH.
A maioria dos carros a eletricidade é do modelo híbrido. Rodam com dois motores, um a bateria e outro à combustão. São vendidos, em média, por um preço 30% mais caro em relação aos carros convencionais. Já os 100% elétricos, que também circulam no Brasil, custam três ou quatro vezes mais que os convencionais, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico.
O número de veículos elétricos leves em circulação no país incluindo os modelos híbridos chegou a 90 mil no mês de abril. Pouco, se comparado à frota tradicional de mais de 59 milhões de carros. Mas esses veículos menos poluentes, apesar de custarem bem mais caro, vêm ganhando espaço no mercado nacional.
As vendas dos carros convencionais caíram 22% no primeiro quadrimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado. Muito pela falta de componentes, que incluem sistemas eletrônicos. Já as vendas de carros elétricos cresceram 78%, quase 13 mil unidades no período.
A Associação Brasileira do Veículo Elétrico explica que o interesse pelo modelo tem aumentado entre empresas que buscam a sustentabilidade nos negócios.
“Apesar do custo maior, ele apresenta primeiro uma oportunidade para aqueles que têm aplicação comercial do veículo de atender aquelas metas do ponto de vista de governança ambiental e social. Então eles permitem às grandes companhias a atender suas metas utilizando um veículo que do ponto de vista de emissões, ele é zero CO2 no escapamento”, diz João Irineu Medeiros, diretor de veículos leves da ABVE´.
Rogério roda em média 250 quilômetros com a bateria cheia. Ele pode carregar em casa ou nos mais de 50 pontos de recarga espalhados por Belo Horizonte. E eles são de graça, mantidos por empresas que investem em iniciativas sustentáveis. O engenheiro colabora com o meio ambiente, passando longe das bombas de combustíveis.